Atualmente é impossível para os arquitetos
não levarem em consideração os novos meios e mudanças que tanto estão presentes
na vida das pessoas configurando as suas relações com o ambiente urbano. As
tecnologias contemporâneas são uma forma de controlar o projeto em edifícios
segundo Duarte (1999). Esses “novos meios tecnológicos eletrônicos ligados a
informática estão reconfigurando os espaços urbanos e as formas arquitetônicas”
(DUARTE, 1999, p.116).
Segundo
Duarte (1999), do século XIX para o século XX, os carros, aviões, e
principalmente os trens foram muito alem da ideia de movimento para os projetos
arquitetônicos, a intenção real era que deslocamento dos usuários apreendesse a
obra. Essa ideia de movimento “real” é demonstrada pelos meios de transportes.
Do trem já veio o carro. O projeto da cidade de Brasília é um, rompiam
excelente exemplo da presença dos carros para projetar as cidades em eixos de
maior fluxo viário. Isso alem de romper barreiras físicas, rompiam a noção de
tempo linear: partindo de um ponto e viajando supersonicamente a oeste, seria
possível viver a mesma hora diversas vezes em lugares distintos” (DUARTE, 1999,
p.118). Na verdade, o que importa é o tempo necessário para atingir a
velocidade máxima. Isso nos define como nômades porem sedentários, pois temos a
capacidade de nos deslocar a qualquer lugar do mundo em um curto espaço de
tempo e sentirmos como se estivéssemos em casa.
Esse
grande avanço tecnológico também ocorre na arquitetura. “É hoje um tanto comum,
mesmo em bancas de revistas, encontrar publicações a respeito de “arquitetura
virtual”. Normalmente são produtos realizados em softwares de auxilio ao
desenho como o AutoCAD, e posteriormente texturizados e animados em outros
softwares, como o 3D Studio, entre outros” (DUARTE, 1999, p.157.) Peter Weibel,
“em 1989 nomeou arquitetura virtual à arquitetura que se constrói como uma
interface mediada por máquinas inteligentes entre os usuários e o ambiente,
numa relação comunicacional de entrada (input) e saída (output), onde cada ação
do usuário se reflete no conjunto ambiental ou as próprias modificações do
ambiente se refletem na apreensão espacial do usuário” (DUARTE, 1999, p. 135).
A arquitetura virtual não é apenas as imagens 3D geradas de projetos de arquitetura,
e sim a relação apresentada pelas tecnologias eletrônicas e digitais aumentando
a apreensão dos ambientes, segundo Duarte (1999).
A
arquitetura virtual ajuda a compreensão do projeto, facilita na construção da
edificação, controlando então o projeto em si. Com o passar do tempo surgem cada vez mais
tecnologias que facilitam o dia a dia do arquiteto, engenheiro, projetista. Isso
é muito bom, pois como estamos em um mundo que suga conhecimento a cada dia que
se passa, não podemos deixar de lado as tecnologias. O avanço é necessário dia
após dia para o crescimento profissional.
Ensaio realizado por Maria Natália Alcântara para a disciplina de Cultura Moderna e Contemporânea [3º Período/2011] na UFG.
0 comentários:
Postar um comentário